Biossegurança: 8 Dicas para Retorno Seguro às Aulas Práticas

Biossegurança: 8 Dicas para Retorno Seguro às Aulas Práticas

O retorno seguro às aulas práticas na odontologia requer protocolos rigorosos de biossegurança, como o uso de EPIs adequados, incluindo máscaras N95 e protetores faciais, além da higienização frequente das mãos. É fundamental orientar os pacientes sobre o uso de máscara e higiene bucal antes do atendimento, trabalhar em trio e evitar equipamentos que gerem aerossóis. Após o atendimento, o paciente deve usar uma máscara limpa, e as luvas devem ser removidas corretamente para garantir a segurança de todos.

A pandemia de COVID-19 transformou a maneira como as aulas práticas são conduzidas, especialmente na área da saúde. Garantir a biossegurança no retorno às atividades presenciais é crucial para proteger estudantes e profissionais. Neste artigo, exploramos diretrizes essenciais para um retorno seguro às aulas práticas, abordando desde o uso correto de EPIs até a organização do ambiente de estudo.

Como se portar

Em tempos de pandemia, a forma como nos comportamos desde o momento em que saímos de casa até o retorno é crucial para garantir a segurança de todos. Primeiramente, é importante não sair de casa se estiver apresentando qualquer sintoma gripal. Higienizar as mãos com frequência é uma das medidas mais eficazes para evitar a propagação de vírus.

Além disso, o uso de máscara de tecido é obrigatório durante todo o tempo em que estiver circulando pelo campus. Ao tossir ou espirrar, cubra a boca com o antebraço ou use um lenço descartável.

Evitar tocar o rosto, especialmente olhos, boca e nariz, é fundamental. Não compartilhe objetos pessoais e mantenha os ambientes sempre bem ventilados. Utilize álcool 70% para desinfetar superfícies e objetos antes e depois do uso.

Outra dica importante é evitar se alimentar em locais como clínicas ou laboratórios. Mantenha os cabelos presos, unhas curtas e sem esmalte, e evite o uso de barba. O distanciamento social deve ser mantido sempre que possível, evitando aglomerações.

Por fim, use a vestimenta adequada conforme as regras do laboratório ou clínica, e atente-se para a higienização de dispositivos eletrônicos como celulares e computadores.

Contato prévio com o paciente

Contato prévio com o paciente

O contato prévio com o paciente é uma etapa essencial para garantir a segurança de todos os envolvidos no atendimento odontológico. Primeiramente, é recomendável que esse contato seja feito de forma remota, utilizando telefone, e-mail ou aplicativos de mensagens como o WhatsApp. Durante esse contato, algumas informações devem ser verificadas e orientações passadas ao paciente.

Ao agendar a consulta, pergunte ao paciente se ele ou algum acompanhante apresenta sintomas gripais. Isso ajuda a prevenir a exposição desnecessária ao vírus. Além disso, informe que é obrigatório o uso de máscara de tecido durante todo o tempo em que estiver nas dependências do prédio e no trajeto de ida e volta.

Oriente o paciente a não se adiantar ou atrasar em relação ao horário agendado, para evitar aglomerações na sala de espera. Recomende também que ele realize a higiene bucal antes de se deslocar para a consulta. Solicite que leve o mínimo de objetos possíveis, preferencialmente apenas exames e documentos necessários.

Outra orientação importante é que o paciente leve uma máscara limpa para ser utilizada após o atendimento. Caso a presença de um acompanhante seja estritamente necessária, como em casos de crianças ou idosos, informe que apenas um acompanhante será permitido.

Protocolos de Biossegurança

Os protocolos de biossegurança são fundamentais para garantir a proteção de todos durante os atendimentos odontológicos. Primeiramente, é essencial que acadêmicos e profissionais sigam rigorosamente as normas estabelecidas antes, durante e após o atendimento. A paramentação correta com Equipamentos de Proteção Individual (EPI) é um dos pilares desses protocolos.

Sequência de colocação de EPI:

  1. Vista o avental cirúrgico descartável de mangas longas e impermeável.
  2. Realize a higienização das mãos.
  3. Coloque o respirador N95/PFF2, especialmente em procedimentos que gerem aerossóis.
  4. Use óculos de proteção com fechamento lateral.
  5. Coloque o gorro de polipropileno e o protetor facial (face shield).
  6. Por último, vista as luvas de procedimentos.

Entre cada etapa da paramentação, é crucial higienizar as mãos para evitar contaminações. Além disso, recomenda-se o uso de roupa privativa para o ambiente clínico, como o pijama cirúrgico ou scrub, que deve ser vestido na instituição antes de entrar no ambiente clínico.

Por fim, separe apenas os instrumentais e materiais de consumo necessários para o procedimento, evitando o manuseio desnecessário de itens. A verificação da vedação do respirador é essencial para garantir sua eficácia.

Qual máscara eu devo usar?

Qual máscara eu devo usar?

Escolher a máscara correta é crucial para garantir a segurança durante os atendimentos odontológicos, principalmente em tempos de pandemia. Existem diferentes tipos de máscaras, cada uma adequada a situações específicas.

Máscara Cirúrgica:

A máscara cirúrgica é amplamente utilizada por profissionais da saúde em situações de rotina, desde que não sejam realizados procedimentos que gerem aerossóis. Para esses casos, é recomendável o uso complementar de um protetor facial (face shield) para maior proteção.

Máscara N95 ou PFF2:

As máscaras N95 ou PFF2 são indicadas para procedimentos que geram aerossóis, especialmente em pacientes suspeitos ou confirmados com COVID-19. Elas oferecem maior filtragem de partículas e devem ser usadas em conjunto com o protetor facial para garantir a máxima eficácia.

Máscara de Tecido:

Embora a máscara de tecido seja recomendada para a população em geral, seu uso não é indicado para profissionais da saúde durante atendimentos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Para o público, a máscara de tecido deve ser confeccionada seguindo as diretrizes da OMS para garantir sua eficácia.

É importante seguir as recomendações específicas de cada instituição de ensino ou local de trabalho, pois podem existir protocolos adicionais a serem seguidos para o uso de máscaras.

Preparo do Box

O preparo do box é uma etapa essencial para garantir a segurança e a eficácia dos atendimentos odontológicos. Primeiramente, é necessário realizar a desinfecção das superfícies utilizando produtos adequados, como álcool 70%, hipoclorito de sódio a 1% ou ácido peracético a 0,2%, dependendo da superfície.

Barreiras Físicas de Proteção:

É importante instalar barreiras físicas de proteção, como filmes de PVC ou sacos plásticos, para evitar a contaminação cruzada. Além disso, deve-se utilizar a cuspideira o mínimo possível, preferindo a sucção da saliva por meio de bomba a vácuo. A descontaminação da cuspideira deve ser feita ao final de cada atendimento com hipoclorito a 1%.

Utilize pontas descartáveis nas seringas tríplices e mantenha nas bancadas de trabalho somente o material necessário para o procedimento, evitando o acúmulo de itens desnecessários.

Essas medidas ajudam a manter o ambiente seguro e minimizam o risco de contaminação, garantindo que o atendimento seja realizado de forma eficiente e segura.

Recebendo o paciente

Recebendo o paciente

Receber o paciente de forma segura é fundamental para garantir a proteção de todos os envolvidos no atendimento odontológico.

Primeiramente, o paciente deve chegar para a consulta com a higiene bucal previamente feita. Isso ajuda a minimizar o tempo de exposição no consultório.

O operador ou auxiliar, devidamente paramentado, deve recepcionar o paciente na entrada da clínica. Durante esse processo, é importante que o paciente mantenha a máscara de tecido até o início do atendimento, permanecendo com ela enquanto estiver sentado na cadeira odontológica.

Quando o operador for atuar na cavidade bucal, é o momento em que o paciente pode guardar a máscara. No box, oriente o paciente a guardar sua máscara em um envelope de papel, garantindo que ela não entre em contato com superfícies potencialmente contaminadas.

Essas práticas garantem que o atendimento ocorra de maneira segura, protegendo tanto o paciente quanto os profissionais envolvidos.

Precauções durante o atendimento

Durante o atendimento odontológico, é essencial adotar precauções para garantir a segurança de todos. Primeiramente, sempre que possível, trabalhe a seis mãos, ou seja, em trio (operador, auxiliar e aluno circulante), para otimizar o atendimento e reduzir o tempo de exposição.

Evite tocar o paciente, colegas ou a si mesmo desnecessariamente. É crucial não ajustar a máscara, respirador, óculos ou viseira sem realizar a antissepsia prévia das mãos. Utilize o isolamento absoluto sempre que possível, pois ele reduz o risco de contaminação cruzada.

Minimize o uso da turbina de alta rotação e evite a seringa tríplice, especialmente na função spray. Antes do primeiro uso de instrumentos rotatórios, acione-os dentro de um saco plástico por 30 segundos, realizando a sucção da água para garantir a descontaminação.

Recomenda-se o uso de sugadores de alta potência e evitar aparelhos que gerem aerossóis, como jato de bicarbonato e ultrassom. Sempre que possível, utilize dispositivos manuais, como escavadores de dentina, para procedimentos que não exigem alta rotação.

Essas medidas ajudam a manter um ambiente seguro, reduzindo o risco de transmissão de agentes infecciosos durante o atendimento.

Ao final do atendimento

Ao final do atendimento

Ao final do atendimento odontológico, é crucial seguir procedimentos específicos para garantir a segurança de todos. Primeiramente, oriente o paciente a colocar uma nova máscara de tecido (limpa) e permanecer sentado até a finalização dos procedimentos de desparamentação.

Realize a remoção das luvas descartáveis utilizando a técnica correta para evitar a contaminação das mãos. Em seguida, higienize as mãos imediatamente após a retirada das luvas, garantindo que qualquer contaminação potencial seja eliminada.

Essas práticas são essenciais para assegurar que o ambiente permaneça seguro e que a equipe e o paciente estejam protegidos contra possíveis contaminações cruzadas. Manter um protocolo rigoroso ao final do atendimento ajuda a preservar a integridade do espaço clínico e a saúde de todos os envolvidos.

Conclusão

Em suma, o retorno seguro às aulas práticas requer a implementação rigorosa de protocolos de biossegurança. Desde o preparo do ambiente até as precauções durante o atendimento, cada etapa desempenha um papel crucial na proteção de estudantes, profissionais e pacientes.

Ao seguir as diretrizes de higiene, uso adequado de EPIs e medidas preventivas, garantimos um ambiente seguro e eficiente para a prática odontológica.

Além disso, a comunicação clara e o contato prévio com o paciente são fundamentais para assegurar que todos estejam cientes das normas e preparados para o atendimento. Com essas práticas, contribuímos para a continuidade das atividades educacionais e profissionais de forma responsável e segura.

FAQ – Perguntas frequentes sobre Biossegurança e Retorno às Aulas Práticas

Quais são as medidas de segurança ao sair de casa?

Evite sair se estiver com sintomas gripais, use máscara de tecido e higienize as mãos frequentemente.

Como devo me preparar para receber um paciente?

Realize contato prévio, oriente sobre o uso de máscara e higienização bucal antes da consulta.

Quais EPIs são essenciais para o atendimento?

Máscara N95 ou cirúrgica, protetor facial, óculos de proteção, avental e luvas.

Como garantir a segurança durante o atendimento?

Trabalhe em trio, evite tocar o paciente desnecessariamente e minimize o uso de equipamentos que gerem aerossóis.

O que fazer ao final do atendimento?

Oriente o paciente a usar uma máscara limpa, remova as luvas com técnica adequada e higienize as mãos.

Qual a importância dos protocolos de biossegurança?

Garantem a segurança de todos, prevenindo a contaminação cruzada e mantendo o ambiente seguro.